

Sobre o nosso corpo...

Somos seres singulares e únicos, espírito/psique/soma em constante interação e afetação mútua.
O corpo (soma) tem sabedoria própria, uma enorme capacidade de regenerar e
de se autorregular, de buscar equilíbrio de uma maneira muito natural.
O corpo em constante movimento no envia sinais
e a nossa natureza humana nos oferece a capacidade de interpretar e observar as manifestações de toda essa dinâmica.
Campiglia, autora do livro Domínio do Yin, propõe uma reflexão quando aponta que (...) “ a consciência não é uma idéia abstrata, mas sim um aprendizado diário com o nosso corpo. O corpo diz: estou cansado, tenho fome, tenho medo, meus ombros pesam, quero sair daqui, sinto-me relaxado e passamos a perceber o ambiente que nos cerca a partir da perspectiva pessoal e simples”.
Muitos reflexões podem emergir e cada um deve se questionar: é possível que eu esteja trabalhando muito? Será que o meu corpo pode tolerar tanto? Até quando? Será que não preciso diminuir o meu ritmo? Presto atenção aos seus sinais ? Que sinais ele está me enviando? Será que ele não está indo contra sua natureza? O que estou fazendo para a saúde de meu corpo? Eu de fato o escuto?
O corpo tem limites para as exigência sobre ele, pelo simples fato que ele dará sempre retorno à cobrança que lhe é imposta e, dependendo do nível de cobrança, nem sempre é uma resposta satisfatória.
Perguntado ao Dai Lai Lama sobre o que mais
o surpreendia na humanidade, ele respondeu:
“Os homens, porque perdem a saúde para
juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para
recuperar a saúde. E por pensarem
ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido. ”
É preciso cuidar do corpo, escutar o corpo, pois ele não é fonte de energia inesgotável. Como todaescolha tem ônus e bônus, a questão será qual dos caminhos você vai escolher:
- Buscar uma consciência corporal, uma vez
que você escuta, percebe, aceita e muda,
oferendo condições mais favoráveis ao seu corpo
para um bom equilíbrio, assim o próprio organismo
responderá favoravelmente e buscará o melhor com
a intenção de encontrar a sua saúde.
OU
- Assumir o risco, pois trata-se de uma via de mão dupla, toma lá dá cá, ação e reação: maltramos, não cuidamos do corpo, a cobrança virá, aos poucos ou de uma só vez, mas pagamos pela opção. O corpo vai adoecer! Você está disposto a pagar o preço?
Semíramis Brito de Sá Ferreira

Quantas vezes fazemos coisas que são opostas ao que precisamos? Quantas vezes fazemos coisas que não estamos preparados para o momento, ou não estamos prontos? Quantas e quantas vezes fazemos coisas porque moralmente achamos que não podemos ficar parados, quietos e tranquilos? Temos vergonha de parar, de descansar.... Desaprendemos a desrespeitar os intervalos, os momentos de silêncio (...).
"Uma vida acelerada e frenética nos tira da harmonia e da beleza de nossa expressão corporal. "
"Para ver o fundo do lago é preciso acalmar suas águas. Mulheres e homens estão o tempo todo sob o controle de suas mentes, de seus julgamentos, de seus superegos. É um jogo de poder interno, uma corda retesada que comanda a vida com rédeas curtas...”

